Quando o Boston Celtics foi eliminado pelo New York Knicks no Jogo 6, as conversas em Boston mudaram imediatamente do presente para o futuro. No centro dessa discussão está Al Horford, peça importante do elenco campeão de 2024 e um dos líderes mais respeitados da NBA. Prestes a completar 39 anos e novamente agente livre, o veterano dominicano precisa decidir se continua sua carreira ou pendura seus tênis — decisão que impactará diretamente o Celtics dentro e fora de quadra.
Horford ainda tem o que dar em quadra?
Em suas entrevistas ao final da temporada, Horford foi claro:
“Preciso de tempo com minha esposa e meus filhos para processar tudo.”
Na temporada 2024-25, ele atuou em 60 jogos (42 como titular), com médias eficientes de 9,0 pontos, 6,2 rebotes e 36,3 % na linha dos 3 em 27,7 por partida. Esses números confirmam que, mesmo com restrições em back-to-backs, ele segue contribuindo em alto nível — especialmente no espaçamento de quadra que define o estilo moderno do Celtics jogar.
Condição física e papel reduzido
Gerenciamento de carga: o técnico Joe Mazzulla evitou utilizar Horford em partidas consecutivas, preservando o pivô para os playoffs.
Eficiência ofensiva: o arremesso de três pontos mantém as defesas adversárias atentas e muitas vezes abre caminho para as penetrações de Jaylen Brown.
Defesa inteligente: sua comunicação ainda organiza a retaguarda de Boston, mesmo que o atleticismo já não seja o mesmo.
A equação financeira: folha, impostos e a lesão de Tatum
Boston projeta ficar bem acima do “segundo limite”, faixa que acarretará multas recordes. A grave lesão de Jayson Tatum (com a ruptura do sei tendão de Aquiles) deve tirá-lo de toda a temporada 2025-26, pressionando ainda mais Brad Stevens a remodelar o elenco.
Se Horford renovar próximo ao mínimo de veterano, isso aliviará ligeiramente a conta, a equipe mantém sua liderança, em um possível contrato de 1 ano + opção da equipe, atualmente ele ganha US$ 9,5 milhões.
Vestiário: liderança que não aparece nas estatísticas
Luke Kornet, Sam Hauser e jovens como Jordan Walsh elogiam a postura cotidiana de Horford:
“Ele é um dos melhores companheiros de equipe que já tive. Aprendi observando sua rotina e eficiência.” — Sam Hauser
Com cinco filhos, Horford administra tempo entre família e NBA, chegando cedo para tratamento, fisioterapia e arremessos extras. Essa disciplina contaminou positivamente todo o vestiário celta.
Qual é o melhor caminho para o futuro do Celtics?
1. Renovar com Horford por um salário mínimo de veterano: preservando a cultura vencedora e garantindo o espaçamento e dando profundidade a segunda unidade.
2. Buscar substituto no mercado (por exemplo, Kelly Olynyk, agente livre que já foi um celta) caso Al pendure se aposente.
3. Adicionar alas defensivos baratos via draft ou contratos de exceção, compensando a ausência de Tatum.
Pontos importantes na offseason?
- Decisão de Horford até a free agency (começo de julho).
- Decidir se continua ou não com Jrue Holiday e Kristaps Porzingis, ambos com salários altos.
- Explorar trocas de contratos médios (como Sam Hauser) para aliviar multas.
A decisão de Horford moldará a próxima era em Boston
Seja continuando em quadra ou assumindo um cargo fora dela, Al Horford permanecerá ligado à história do Celtics para sempre. Sua escolha nas próximas semanas definirá rotas financeiras e táticas, influenciando diretamente o futuro da franquia e a retomada do sonho de título enquanto Jayson Tatum se recupera.
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